terça-feira, 3 de abril de 2012

SEMPRE QUIS MUITO VOCÊ

Na infância tudo me encantava, desde a menina de quem eu gostava, até um simples jogo de bola no meio das ruas. Essa época descrevo bem, pois foi com certeza a melhor de toda minha existência. As preocupações passavam longe da cuca, aliás, um preceito que perdura até hoje, graças a Deus, o de que preocupação é coisa de adulto. Naquela época minhas atividades se resumiam a brincar e imaginar, como aquela menina podia ser tão perfeita.

Bons tempos aqueles. Tão bons que coisas das quais me envergonhava, como minha incorruptível inocência, hoje me aparecem à mente como sinal claro da saudável brincadeira que foram meus anos de criança. Ah! E a menina pela qual meu coração palpitou pela primeira vez, ela era linda. Tão linda que não é de admirar que ela não tenha correspondido aos meus apelos, mas paciências, pois como já disse, a infância é feita para brincar e não se apaixonar, mas vejam só como fui precoce.

Minha ânsia pelo amor iniciou cedo, mas seria complicado, já que éramos apenas crianças, ela linda e eu esquisito, melhor esperar a adolescência pra ver o que acontece. E aconteceu não da melhor forma para mim. Da minha juventude, grande parte eu passei longe das pessoas que marcaram minha infância, inclusive daquela menina, que aos poucos foi me esquecendo e se abrindo ao mundo que a ela se apresentava.  Enquanto eu, apegado sempre de forma excessiva à minha inocência, ainda regressava ás fantasias inventadas na época de menino, ela não parou, seguiu correndo na direção pela qual eu caminhava. Nos perdemos um do outro, mas eu tinha que tentar.

Nas férias de 2000! Essa seria a ocasião, o meu momento, mesmo gordinho, eu estava decidido a falar com ela. Isso é muito encorajador para quem vive caso parecido, só não esqueça de se preparar para ambas as resposta, isso evita frustração. Não apenas pelo “NÃO”, mas porque no dia seguinte à palavra indesejada, eu a vi nos braços de outro, sempre ouvia falar, mas nunca tinha visto, a sensação de impotência é terrível, me senti um velho de 70, que é casado com uma menina de 20 e não tem dinheiro pro viagra. No começo da adolescência terminamos antes de começar. Tempos depois, já morando próximos geograficamente e separados por um abismo, eu notava sua beleza cada vez mais insinuante e lamentava sua indiferença quanto à minha pessoa.

Pensei muitas vezes em desistir, mas nunca o fiz, gostei de outras pessoas, assim como ela viveu suas paixões longe de mim. Acho que podemos chamar essa confusão de ordem de importância, tratei aquele sentimento da infância como o nascimento do amor, já ela tratou apenas como uma “paixonite”. A maneira como interpretamos o que nos acontece pode custar caro.

Passamos por muitas coisas amor, e posso atestar que não tenho motivos para dizer-te outra coisa senão que nunca imaginei minha vida com outra pessoa que não fosse você. Apesar das derrotas nunca deixei morrer, até entrou em coma algumas vezes, mas sempre sobreviveu. A lição que tiro disso tudo é que quando queremos muito algo, podemos fazer, ter, conseguir e outros sinônimos mais, podemos. Assim como eu nunca desisti de você espero que outras pessoas também não desistam de seus objetivos sejam eles sentimentais ou não. Ter você é muito bom por uma série de razões, mas principalmente porque eu quis, quero, e vou querer-te comigo sempre mainha, eternamente.

Saudades de você, E DE TUDO O QUE VC ME CAUSA VIDA...

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